2005-10-05
LOVETOUR:06
ZERO HORA
Segundo Caderno
Nota de tapa
Por Joana Saraiva
Cole onde você ama
Artistas uruguaios que participam da 5a. Bienal identificam locais de "interesse lovetourístico" em Porto Alegre e convidan o público a fazer o mesmo.
Desde sábado, Porto Alegre vem sendo carimbada com rodelas cor-de-rosa autocolantes. Trata-se de uma intervenção dos artistas uruguaios Mariana Ures e Felipe Ridao, do grupo LOGO, para a 5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul.
Com os círculos, eles identificam o que chamam de "pontos de interesse lovetourísticos", lugares que despertam uma sensibilidade particular.
- A proposta é compartilhar lugares próprios, cantos especiais, com gente que você nem conhece. Pôr lá, em destaque, um banco de praça, ou uma sombra de árvore - conta.
A roda-gigante da Redenção e o Centro Comercial Nova Olaria estão entre os cantos da cidade que a dupla elegeu como lovetourísticos. Os outros pontos assinalados por Mariana e Felipe podem ser encontrados no site do projeto (www.logo.net.uy/lovetour), com fotos e comentários. Até a próxima sexta-feira, o casal pretende visitar as ilhas do Guaíba, o viaduto da Borges de Medeiros e os bairros Glória e Tristeza, pela carga simbólica de seus nomes.
- Tenho medo se poderemos voltar da Tristeza - brinca Felipe.
Quando não estão caminhando pela Capital, os artistas ficam na sede do LOVETOUR:, um quarto cor-de-rosa e branco no segundo andar da Usina. Lá eles dormem, conversam com os visitantes e distribuem adesivos para que o público possa escolher e marcar seu ponto lovetourístico na cidade. Até 4 de dezembro, quando termina a Bienal, os adesivos estarão disponíveis no local.
Criado há um ano em Montevidéu, no Uruguai, onde moram Mariana e Felipe, o LOVETOUR: deixa pela primeira vez os limites da cidade natal. A próxima parada é Barcelona, na Espanha, no fim de outubro. Mariana e Felipe são, além de parceiros de projeto, namorados. Daí o love do tour.
- Nossa idéia é que falta amor na cidade, queremos discutir amor e cidade ao mesmo tempo - sublinha Mariana Ures.
( joana.saraiva@zerohora.com.br)

LOGO 01:00
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LOGO: es un soporte.
Explora la visualidad del lenguaje como sistema,
en tópicos como los procesos de transformación urbana
y el papel crÃtico de la arquitectura en sus aspectos socio-culturales.
Integrantes, lugar de producción, y temática pueden ser transitorios.
Prioriza en la gestión y los procesos, como las etapas más relevantes de la producción,
y en las implicancias de la autogestión y lo subjetivo.
Incluye en la forma de trabajo, un modo ficticio o fantástico,
que posibilite discontinuar la percepción de lo cotidiano.
Trabaja desde el estudio de los soportes de comunicación
a través de acciones transdisciplinares, insistiendo en la mirada transversal.
El compromiso en la acción artÃstica responde a una voluntad crÃtica
proactiva del contexto en el que vive: un solape generado en la exploración del borde arte-vida,
la justicia social, y los helados de menta.